À custa do pobre? - Exame do comportamento empresarial da Boehringer Ingelheim, Bayer e Baxter no Brasil (2012)
A BUKO Pharma-Kampagne examinou de forma criteriosa o comportamento empresarial da Bayer HealtCare, Boehringer Ingelheim e Baxter no Brasil. Nossas conclusões: enquanto o portfólio da Baxter compreende exclusivamente medicamentos racionais, a Bayer e a Boehringer Ingelheim oferecem um tanto de preparações sem sentido. Mesmo a maioria dos campeões de venda, declarados inovadores, não apresentam vantagem aos pacientes. Eles são inacessivelmente caros e levam ao desperdício de escassos recursos. As companhias examinadas realizam muitos projetos de pesquisa no Brasil. Estes são concentrados em áreas lucrativas tais como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes - que são cada vez mais comuns no Brasil. Para doenças negligenciadas, ainda também comuns no Brasil, as companhias não mostram muito compromisso. Com quase 53% de medicamentos irracionais e grosseiros 10% de produtos essenciais, o negócio familiar Boehringer Ingelheim tem um portfólio farmacêutico chocante e ruim. Todavia, a companhia renuncia à aplicação estrita do direito de patente sobre seus medicamentos antirretrovirais. A importante nevirapina é portanto disponível como genérico de baixo preço no Brasil. A Bayer tem 63% de medicamentos racionais em seu portfólio e 20% de medicamentos essenciais. A agressiva política de patentes da companhia, entretanto, bloqueia o acesso ao antineoplásico inovador Nexavar®. Com produtos exclusivamente racionais, 74% deles essenciais, a Baxter tem o melhor portfólio farmacêutico. Alguns dos medicamentos, contudo, não têm alternativa genérica. Seus preços são altos e não podem ser oferecidos no setor público - um pesado fardo para os pacientes.
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